Após intermináveis duas semanas, o DTM volta para o terceiro final de semana de corrida da temporada 2014. E se o circuito onde foi realizada a segunda corrida – Oschersleben – é classificado como “incomum” pela curvas rápidas e a estreitas onde prevalece a estratégia escolhida pelas equipes, o que dizer do circuito a ser usado neste final de semana.
Histórico e sempre presente no calendário das grandes competições ao redor do mundo, o Hungaroring não é o melhor lugar do mundo para realizar ultrapassagens. Uma vez fora definido pelo ex-piloto de F1 Pedro de La Rosa como sendo “uma Mônaco permanente”. A categoria passou, e podemos dizer que ainda passa, por problemas quanto ao número de ultrapassagens nas corridas, o que faz com que o público, naturalmente, perca o interesse. Avanços como o famigerado DRS já foram inseridos no certame com o intuito de resolver, ou ao menos diminuir tal problema, e os resultados são bem positivos, mais ainda não totalmente satisfatórios.
Desde a entrada dos novos carros, que já nasceram com o propósito de favorecer ultrapassagens em mente, em 2012, nunca foi apresentada um desafio tão grande quando esse de Hungaroring. É hora de mostrar que as mudanças drásticas levantadas pela organização da categoria, com a total complacência das montadoras, deram resultado positivo
O fato de ter sediado um dos testes de pré-temporada, faz com que equipes e pilotos tenham maior conhecimento do traçado.
Quanto a equipes e montadoras
Audi
Como explicar que a montadora que, aparentemente, tem o melhor equipamento do campeonato, pelo menos até aqui, ainda não venceu nenhuma corrida ? O DTM é um campeonato cheio de variáveis, e estas estão fazendo com que a turma de Ingolstadt anda não tenha conseguido a sua primeira vitória do ano. Algo que parece cada vez mais perto, visto que a montadora tem duas poles e dois segundos lugares de seus pilotos como melhor resultado até aqui. Com Scheider cada vez mais recuperado e um Rockenfeller, mais uma vez, líder do campeonato, o Team Phoenix deve estar no topo da tabela durante todo o final de semana. O mesmo vale para o Team Abt com Molina e Mortara vindo de grandes resultados.
Mercedes
Não ! O equipamento da Mercedes não deu um salto de qualidade de uma hora para outra. A vitória, mais do que circunstancial em Oschersleben não diminuem o tamanho do problema que eles possuem. A vitória de Vietoris há duas semanas, me lembrou e muito a de Fernando Alonso na temporada 2012 da F1, a questão é saber se a montadora da estrela de três pontas terá força o suficiente para alcançar as já bem desenvolvidas Audi e BMW. Correndo contra a maré, o Team Mercedes AMG tenta recuperação, principalmente, com Vietoris e Di Resta.
BMW
A M4 além de linda é rápida. E muito. Com uma vitória já na primeira corrida, em Hockenheimring com Marco Wittmann, e grande desempenho em Oschersleben, a montadora já mostrou que tem grande equipamento para a temporada. Considerados desde o retorno ao certame, em 2012, como a montadora a construir os carros mais aerodinâmicos, a BMW tem seus carros colados ao chão, o que deve garantir boas posições de largada. Olho no team RMG que vem dando carros de estrema constância a Marco Wittmann. Pela mesma razão, atenção ao Team MTEK com Da Costa e Glock.
Olho neles !
Marco Wittmann: Com a vitória na primeira corrida do ano, era mais do que esperado que todos estivessem olhando par ao jovem Alemão. Mas ele não sentiu a pressão e colocou-se como grande rival dos Audi’s em Oschersleben, chegando a largar da pole após a desclassificação de Molina, mas sofrendo com azares durante a corrida. Para o Hungaroring a pressão aumenta. Ele continua como melhor piloto BMW colocado no campeonato, além de ter apresentado grande desempenho nos testes de inverno realizados na mesma pista.
Augusto Farfus: Após o vice campeonato em 2013, o Curitibano esperava começar melhor a temporada 2014. O sétimo colocado no campeonato de pilotos não é ruim até aqui, a questão é que o desempenho mostrado não foi satisfatório. Ter ficado de fora do Q3 nas duas primeiras corridas no ano refletem bem a atual situação de Farfus, é hora de reagir para que não tenha de passar o ano “correndo atrás” do líder do campeonato, como fora no ano anterior.
Miguel Molina: O Espanhol nunca esteve tão bem. Após dominar todo os treinos e o qualifying na rodada passada, o piloto foi desclassificado por a asa traseira de seu Audi estar 20 milímetros fora do intervalo determinado pelo regulamento. A questão é que Molina fora MEIO SEGUNDO mais rápido do que qualquer outro piloto em todo o qualifying, 20 mm não são os responsáveis por gerar 0,5s, logo, o espanhol estava sobrando. É hora de mostrar que os bons resultados mostrados nas duas primeiras corridas não são apenas uma fase.
Mike Rockenfeller: Tem equipamento, e clara preferência, da Audi. É o atual campeão, líder do campeonato 2014 e vem de um segundo lugar em Oschersleben após largar fora do top 10. Eu realmente preciso explicar porque não se pode desgrudar o olho do Rocky ?
O qualifying acontece às 13:30 deste sábado. A corrida fica para às 08:30 com transmissão ao vivo do canal a cabo BandSports.