É incrível o fato de a Ferrari não conseguir produzir um grande carro. Quando vemos listados os aspectos denominados como necessários para que uma equipe tenha um grande equipamento, e principalmente que a Ferrari cumpre boa parte deles, é difícil entender porque os carros vermelhos não são dominantes, ou no mínimo competitivos, como em outrora.
Dinheiro. Importante no automobilismo, na F1 este se torna mais do que essencial, afinal é entorno deste que tudo dentro do certame acontece. Esse é um dos mais dominantes fatores para a criação de um grande carro, a ninguém a de discordar que a Scuderia tem dinheiro de sobra para a criação de suas máquinas.
Corpo técnico. Item de extrema importância, afinal são eles que fazem o carro. A Ferrari possui um corpo técnico de grande qualidade, composta de pessoas que já tiveram grande sucesso na categoria, ainda mais com a inclusão do projetista James Allison, vindo da Lotus em 2013. É verdade que alguns setores ainda deixam a desejar, principalmente o que diz respeito a criação e evolução das unidades de potência. Esse é um dos grande “poréns” da temporada. O Motor Ferrari não é o melhor, aliás, hoje é pior que o Renault, que teve um início de temporada mais do que desastroso.
Estrutura. Se você tem dinheiro e um grande corpo técnico, você precisa de estrutura para que estes possam produzir. É como ter um Michelangelo e não ter pincel. E aqui, muito provavelmente, mora o principal ponto que faz com que s equipe italiana não consiga desenvolver-se tão bem. “Como assim ?..” você pode perguntar, “mas uma equipe com tanto dinheiro não tem estrutura”. Na realidade tem, um grande e bela estrutura, porém existe um penalti nisso tudo, o túnel de vento. Com problemas já a alguns anos é difícil acreditar que o túnel de vento, responsável por toda a parte aerodinâmica dos carros, esteja em 100% como afirmou o presidente Luca Di Montezemolo no final de 2013. Por outro lado, não seria lógico colocar a culpa exclusivamente nesse equipamento.
No final das contas fica claro que um bom equipamento para a temporada de F1 é feito de inúmeros ponto, do menos ao maiores. Eu realmente creio que fatores que, pelo menos aparentemente, parecem pequenos na realidade estão tomando tamanho desproporcional, fazendo com que outros pontos de maior valor. O departamento de motores e o de aerodinâmica são os que realmente passam por problemas, principalmente quando comparados ao de rivais como Mercedes, McLaren e principalmente RedBull.
É difícil dizer se a troca dessas peças consertaram as coisas em Maranello, mas é necessário analisar melhor as situação dentro da equipe, antes de sair rebaixando o seu -agora ex-projetista – Pat Fry – ou demitindo o seu chefe de equipe. Tudo tem que estar funcionando da melhor maneira possível, só assim a equipe conseguirá construir um carro de qualidade, e bom que consiga fazer isso logo, porque a paciência de Fernando Alonso não irá durar muito mais.
Com Nico Rosberg garantindo a sua terceira pole position no ano, o qualifying para o grande prêmio do Canadá foi de grande qualidade. Mas, como não poderia deixar de ser, reuniu vencedores e perdedores, das mais diferentes formas.
Vencedores:
Nico Rosberg – Contando com uma grande volta e o erro do companheiro Lewis Hamilton no segundo setor do circuito Gilles Villeneuve na sua última tentativa, Nico Rosberg garantiu mais uma pole position para a Mercedes na temporada 2014. Mais do que isso, garantiu a pole exatamente na pista onde Hamilton sempre se destacou desde a sua temporada de estréia em 2007. Uma ótima forma de mostrar potencial para o companheiro e para si mesmo. Para amanhã, o Alemão necessita manter o bom ritmo apresentado e garantir mais um vitória, seria a segunda seguida, para firma-se cada vez mais líder do campeonato.
Sebastian Vettel – Com grandes dificuldades até na temporada, o tetra campeão conseguiu andar forte durante todo o final de semana, garantindo a terceira colocação no grid e largando assim a frente de seu companheiro, Daniel Ricciardo. É difícil ver Vettel, assim como qualquer outro piloto e equipe incomodando as Mercedes amanhã, porém, um pódio seria de grande valia para o alemão, que viu seu companheiro de equipe conseguir esta horaria nas duas últimas corridas.
Valteri Bottas – Mais uma vez largando a frente do experiente Felipe Massa, Bottas, que ficou com a quarta colocação, por pouco não repetiu a melhor posição de largada da carreia, P3 no ano passado na mesma Canadá. Co o ritmo apresentado pelas Williams, e por Bottas especificamente, ao longo da temporada, não há como não esperar uma grande corrida por parte do Finlandês.
Jean Eric Vergne – Com constantes problemas técnicos, o francês, finalmente, conseguiu encaixar um bom qualifying.É hora de mostrar que merece manter o assento que já começa a correr risco graças ao bom desempenho do “próximo da fila” no RedBull Junior Team Carlos Sainz Jr.
Perdedores:
Pastor Maldonado – Falar o que do desempenho do piloto venezuelano ? Mais uma vez eliminado na Q1, Pastor ruma para ter a pior temporada de sua vida na F1.
Esteban Gutierrez – Erros acontecem, mais quando eles acontecem em sequência, as coisas começam a ficar feias. Após erro de besta a bestial em Mônaco, quando rumava para garantir os primeiros pontos da Sauber na temporada, o piloto Mexicano rodou sozinho e foi de encontro ao muro entre as curvas 3 e 4 do circuito Gilles Villeneuve ainda no 3º treino livre, Gutierrez ficou de fora do qualifying e terá de “remar” por todo o grid na corrida de amanhã.
Ferrari – A Ferrari não demonstrou tudo o que prometia pelo ritmo apresentado nos treinos livres e Raikkonen foi o que mais sofreu com isso. Somando a isso a opção por dar apenas uma volta rápida no Q3, resultaram na 10º posição no grid de largada para a corrida de amanhã. Após a clara evolução mostrada nas duas últimas corridas, esperava-se mais do Finlandês. Fernando Alonso, como sempre, foi o responsável por segurar a bandeja, colocando a primeira Ferrari na 7º posição. Para a corrida, o Espanhol tenta impor duro ritmo de corrida para acumular o maior número de pontos possível, mas um pódio ficou difícil após essa classificação.
O Grande Prêmio do Canadá acontece amanhã, 08/06, às 15:00h. A rede Globo deve transmitir a corrida na integra uma vez que o campeonato brasileiro de futebol está parado graças a preparação para a copa do mundo Fifa.
Prometendo troca na relação de forças, o qualifying para a corrida de amanhã começou com sol forte na belíssima Montreal.
Com um início mais do que comum com as menos equipes ficando pelo caminho, assim como Pastor Maldonado e Esteban Gutierrez, que nem correu por conta de problemas com o chassi de sua Sauber.
Para o Q2 as coisas foram diferentes. Forte desde os treinos livres, a Williams mostrou-se mais forte do que nunca, tendo seus dois carros dentro do top4. Do outro lado a Ferrari, por hora com grande expectativas para este final de semana especificamente decepcionava, lutando para conseguir colocar os seus dois carros no top10. Com a Mercedes sempre dominante, foi possível observar carros mais atrás, Jenson Button e Jean Eric Vergne conseguiram bater seus companheiros de equipe e colocar seus carros no top 10 e prontos para o Q3.
Com toda a expectativa criada com o bom desempenho no Q2, Valteri Bottas já começou a última parte da qualificação marcando a volta mais rápida para a Williams no final de semana. Porém, as Mercedes ainda são intocáveis. Nico Rosberg e Lewis Hamilton, como já de costume neste ano, atraíram todas as atenções em uma briga dura por milésimos de segundo. E foram exatamente estes milésimos de segundo, mais especificamente 78 milésimos, que garantiram a pole position para o Alemão Nico Rosberg. As Ferrais decepcionaram, com Kimi Raikkonen partindo para apenas uma volta rápida , e terminando na décima posição e Fernando Alonso tentando, mas não conseguindo colocar o carro vermelho nos trilhos, ficando assim com a sétima posição. Sebastian Vettel é, ao lado de Nico Rosberg, o maior vencedor desta qualificação. Forte e andando na frente de seu companheiros durante todo o final de semana, Sebastian conseguiu sobrepor-se também na sessão garantindo assim a terceira posição, ou a primeira posição entre os mortais de 2014.
Essa foi a terceira pole de Nico Rosberg na temporada 2014, a sua primeira em Montreal.
Assim ficou a classificação para a corrida de amanhã:
Prova emocionante em Mônaco. Difícil de ler isso todos os dias, ou anos nesse caso específico, porém, é exatamente isso o que foi lido e dito em diversas partes do mundo do motorsport.
Boa parte dessa emoção veio ainda no sábado com a pole position de Nico Rosberg. Com grande volta o piloto alemão garantiu a volta mais rápida até então o que lhe garantia a pole provisória, a questão é que, dentre outros pilotos, seu companheiro de equipe e principal rival pelo titulo da presente temporada, ainda tinha sua última volta a ser completada, foi quando Nico errou e causou a bandeira amarela que veio a impedir de Lewis marca-se sua volta rápida. Muito se foi falado ao redor do relacionamento entre os dois, tendo o Inglês inclusive dito que eles “não eram amigos”. Por mais que houvesse outros pontos a serem observados na corrida, era impossível não estar atento para esse duelo.
A corrida como um todo foi marcada, além do contato mais do que direto entre os dois pilotos da Mercedes, pelas inúmeras reviravoltas acontecidas, seja por erros ou por acidentes. Os incidentes envolvendo Sebastian Vettel – que com problemas no turbo abandonou a prova – e Kimi Raikkonen – que precisou de três paradas para finalizar a prova, uma normal, uma por conte e consequente pneu furado com uma Marussia e o outros ponto um acidente onde ficou preso no guardrail – devem ser destacados aqui.
Inúmeros acontecimento, além dos já citados acima, como o abandono do Russo Kvyat, quebra de motores de Bottas e Vergne, acidentes de Gutierrez, dentre outros, causarão reviravoltas inesperadas, como os primeiros pontos para uma equipe nanica em quatro temporadas. A Marussia, e mais precisamente, Julis Bianchi, foram responsáveis por este feito. Resultado merecido para uma turma que mesmo com as dificuldades continuaram a trabalhar e tentar evoluis consistentemente.
No final, Rosberg sobressaiu-se a Hamiton, que diz ter guiado a parte final da corrida usando apenas um olho por causa de detritos que o atingiram. Alonso bateu, o azarado, Raikkonen e Ricciardo, mais uma vez, bateu Vettel. Porém o mais importante neste final de semana foi o legado deixado para as próximas corridas do certame. Lewis, ainda muito mordido com a situação de sábado, não vai deixar barato e partira com tudo que dispões para cima de Rosbeg, novo líder do campeonato, no Canadá. Raikkonen andou na frente de Alonso nas duas últimas provas, mas não conseguiu concluir a prova com este patamar, porém mostra que vem livrando-se dos problemas apresentados no início da temporada. Na RedBull Vettel, estranhamente, mostra-se não tão incomodado quanto esperava-se com o desempenho superior de Daniel, é difícil dizer como será o final da temporada, mas com o histócico de boas evoluções mostradas pelo alemão durante o ano em todas as temporadas por ele disputadas até aqui, deixam claro que a atual situação dentro da equipe Austríaca pode, e tende, mudar.
É esperar e ver porque para um campeonato que começou com tantas críticas como o deste ano, a imprevisibilidade do segundo pelotão, e agora com essa “guerra interna” na Mercedes do primeiro pelotão também, tendem a manter as coisas aquecidas.
Batalha entre os pilotos da Ferrari na Espanha.
O grande prêmio da Espanha de Formula 1 ainda repercute. Como citei no último #MereceSerCitado, o clima entre os pilotos da Ferrari começa a esquentar. Após clara priorização a Alonso na estratégia da corrida, Raikkonen mostrou-se insatisfeito em sua entrevista pós corrida. O vídeo pode ser visto aqui.
Agora, surge neste mundo nefasto da internet, o áudio do “team radio” de Raikkonen logo após o final da corrida. Ouça no vídeo que segue:
Antonio Spagnolo (engenheiro): “Isto – a estratégia – estava errado no final, desculpe por isso”.
Kimi: “Sim, mas quem está fazendo as chamadas – decidindo a estratégia ? Nós fomos colocados como segunda escolha. Então, eu quero saber o que diabos está acontecendo!”.
Antonio Spagnolo (engenheiro): “Entendido, de qualquer maneira, falamos sobre isso depois”.
O desconforto de Kimi ficou ainda mais claro, resta saber se ele tomara alguma decisão, nos bastidores, para tentar esclarecer ou até mudar a situação.
O gelo e o fogo.
Após todas as corridas da Formula 1, a FOM (Formule One Managment), responsável pelos direitos de imagem da categoria, disponibiliza o “race edit”, uma espécie de resumão da corrida que acabara de acontecer.
No recém liberado race edit do Grande Prêmio da Espanha, disputado em Barcelona na última semana, uma frase chamou a atenção. Você pode assistir o vídeo abaixo. Peço que preste atenção ao rádio de Fernando Alonso por volta dos 50s do vídeo.
“Eu estou um pouco mais rápido – que Kimi” disse o Espanhol, que recebeu de seu engenheiro Andra Stella a indicação de: “Sim, eu sei”.
Até o momento da prova, Raikkonen estava a frente de Alonso, garantindo assim prioridade na primeira rodada de paradas no boxes. Acontece que a Ferrari concordou com Alonso e priorizou o Espanhol ao Finlândes. Kimi, naturalmente, não gostou de ver Alonso sendo colocado como prioridade nas paradas. O vídeo seguinte mostra a “entrevista” que Kimi deu a Tv Inglesa SkySportsF1 após a corrida.
Repórter: “Você estava a frente, mais Fernando parou primeiro, foi uma escolha de Fernando, sua escolha, ou do time ?”
Kimi: “Eu não sei”
Repórter: “Você gostaria de ter parado primeiro?”
Kimi dá de ombros e sai.
Raikkonen também não mostrou-se nada satisfeito com a estratégia de duas paradas escolhida para ele, boa parte explica-se a dificuldade que o piloto vem tendo em manter-se rápido com o passar do stint.
Com um mau início de temporada, e os bastidores fervendo, a Ferrari agora tem de contornar um possível situação de grande risco, não basta-se todos os problemas que a turma de Maranello já tem.
Kimi Raikkonen é, provavelmente, o piloto mais amado da F1 atual. Muito disso deve-se ao seu talento dentro das pistas, claro, porém Kimi também arrebata o público com sua personalidade um tanto quanto fora do usual. O jeito descolado, e por vezes até desinteressado, de levar as coisas, fazem com que o Finlandês se diferencie perante os demais pilotos da F1.
Como sempre foi piloto de grandes equipes, com exceção feita a Sauber no seu primeiro ano de F1, Kimi sempre foi também assediado por patrocinadores que apoiam sua equipe, e consequentemente a ele, a participar de comerciais e campanhas, algo que ele não faz questão de esconder que odeia. O vídeo a seguir é um comercial da empresa Chinesa Weichai Power, patrocinadora da Ferrari desde o início de 2013.
Assista ao vídeo, mas cuidado para não se emocionar. Senhoras e senhores, Kimi “o expressivo” Raikkonen:
Opinando Esportes a Motor 